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Cenários, Visão Estratégica, Eixos e Objetivos em diálogo em novas sessões de participação PMMUS, no Montijo e em Odivelas

Nos dias 4 e 5 de dezembro, os municípios do Montijo e de Odivelas acolheram mais duas sessões participativas, desta vez da Fase II do PMMUS – Visão Estratégica, dirigidas a entidades e municípios.

Nas boas-vindas aos participantes das duas sessões, Faustino Gomes, Presidente do Conselho de Administração da TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, reforçou a necessidade do diálogo, a razão de ser destas sessões de “Desenho de Cenários e definição da Visão e Eixos Estratégicos”, propositadamente apontadas para a “margem direita e margem esquerda do rio”. Feitas “com e para as pessoas” de toda a área metropolitana de Lisboa, estas sessões, que ainda se integram numa fase de auscultação do Plano, requeriam, pois, a colaboração de todos. “Estamos a ouvir”, garantiu Faustino Gomes.

Os dados lançados

Luís Caetano, Coordenador Técnico do PMMUS por parte da Way2Go, fez o enquadramento das duas sessões, adiantando o seu propósito: o de dar a conhecer o Cenário Base – uma junção do Futuro Tendencial e do Futuro Desejado para a mobilidade na amL nos próximos 10 anos – e a Visão Estratégica do Plano.

Para o desenho do Futuro Tendencial, Luís Caetano explicou que foram tomadas em consideração as estimativas até 2050 de diversas fontes e relativas a variados fatores, como a evolução do crescimento da população, da economia, da habitação, do parque automóvel, do transporte público ou da atividade turística. Já para o desenho do Futuro Desejado foram levados em consideração os principais compromissos sustentáveis, como por exemplo a redução de 90% das emissões no setor dos transportes até 2050, e os resultados do inquérito lançado à população no sentido de conhecer o cenário desejado para a mobilidade na amL nos próximos 10 anos.

Para maior detalhe sobre os resultados deste inquérito, Luís Caetano passou a palavra a Roberto Falanga, responsável da equipa de participação do PMMUS, que, da análise cruzada dos resultados de mais de 400 inquéritos realizados entre 5 de setembro e 11 de outubro, extraiu seis ações mais consensuais e, destas, definiu os principais vetores do Futuro Desejado.

Apresentados os fundamentos para o Cenário Base, foi revelada uma primeira proposta de Eixos Estratégicos do Plano para 2035. Feitas as comunicações, seguiu-se o desejado momento de debate de ideias.

 

“Estamos a ouvir”

Nas sessões a sul e a norte do Tejo, bastante concorridas e representadas por todos os municípios, não faltou a participação. Feitas as apresentações de ideias, fizeram-se ouvir questões e sugestões, nomeadamente relacionadas com o investimento. Faustino Gomes respondeu que o Plano foi concebido para ser concretizável e que é desta estratégia que vão nascer, na Fase III do Plano – Programa de Medidas e Ações, as iniciativas que servirão de base para ir buscar financiamento. Outras preocupações, como a inclusão da acessibilidade à informação para todos, o estacionamento, a articulação com os PMUS dos municípios, o ordenamento do território, a integração de TVDEs, foram ouvidas e registadas nas duas sessões, de forma a poderem ser ainda tomadas em consideração. As sessões permitiram ainda o envio de sugestões via Google Forms ou escritas em formulários em papel, disponibilizados à entrada.

Assembleias Participativas, o próximo passo

Serviram finalmente as sessões do Montijo e de Odivelas para relançar o apelo à divulgação e participação das Assembleias Participativas para uma Mobilidade Sustentável na área metropolitana de Lisboa, integradas na Fase III do Plano – Programa de Medidas e Ações, e a realizar entre os dias 8 e 22 de fevereiro, em cinco encontros presenciais. Com as inscrições abertas até 13 de janeiro, realçou-se a necessidade da sua divulgação para se conseguir uma participação ainda mais diversificada.