|
|

Início do processo de participação pública do PMMUS marcado por dois encontros presenciais

O início do processo de participação pública foi marcado por dois encontros, um no dia 20 de fevereiro, no Barreiro, e outro no dia 21 de fevereiro, em Cascais. Ambos os eventos reuniram técnicos dos 18 municípios, bem como representantes de outras entidades cujos contributos são considerados uma mais-valia na fase de caracterização e diagnóstico do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMMUS). Entre essas entidades estavam organismos da administração central, operadores de transporte público, forças de segurança e proteção civil, associações de mobilidade e ambientais, operadores de serviços de mobilidade em plataforma eletrónica, investigadores, entre outros.

Os encontros foram liderados por Roberto Falanga, da equipa da Way2Go, consultores contratada pela Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) para o desenvolvimento do Plano. As discussões centraram-se na identificação dos desafios e oportunidades atuais do sistema de mobilidade da área metropolitana de Lisboa (amL). Nas mesas de debate, muitos participantes mencionaram a falta de conexão entre os diferentes meios de transporte e o excesso de uso de transporte individual, bem como a falta de políticas que desincentivem essa prática, como alguns dos principais desafios a serem resolvidos na amL. Quanto às oportunidades, foram debatidos temas como a redução dos custos individuais promovida pelo passe navegante, que incentiva a utilização de transportes coletivos, evitando que os utilizadores optem por veículos particulares. Discutiu-se também a intermodalidade e integração em rede dos diferentes meios de transporte, sublinhando o papel agregador da TML, e a crescente flexibilização do sistema de mobilidade, essenciais para uma maior adesão aos transportes coletivos.

Os participantes foram igualmente convidados a refletir sobre o papel das entidades que representavam no sistema de mobilidade e transportes. Destacaram como principais contributos os investimentos em infraestruturas de mobilidade e a requalificação do espaço urbano, com o objetivo de o tornar mais amigo da mobilidade suave. Mencionaram também o papel das entidades da sociedade civil enquanto grupos de pressão e, algumas vezes, de denúncia, junto das entidades responsáveis pela mobilidade.

Os inputs recolhidos durante estes momentos de participação serão de especial importância para esta fase do PMMUS, bem como para outras fases do processo de planeamento.